terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Sobre a Dengue


Sobre a Dengue
A palavra dengue tem origem espanhola e quer dizer "melindre", "manha". O nome faz referência ao estado de moleza e prostração em que fica a pessoa contaminada pelo arbovírus (abreviatura do inglês de arthropod-bornvirus, vírus oriundo dos artrópodos).
Mais Sobre a Dengue - Dr. Drauzio Varella

Fonte: Globo Vídeos
História da Dengue 
O mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, foi introduzido na América do Sul através de barcos (navios negreiros) provenientes da África, no periodo período colonial, junto com os escravos. Houve casos em que os barcos ficaram com a tripulação tão reduzida que passaram a vagar pelos mares, constituindo os "navios-fantasmas".
O que é Dengue?
O dengue é uma doença infecciosa causada por um arbovírus (existem quatro tipos diferentes de vírus do dengue: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4), que ocorre principalmente em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil. As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos.

O dengue clássico se inicia de maneira súbita e podem ocorrer febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores nas costas. Às vezes aparecem manchas vermelhas no corpo. A febre dura cerca de cinco dias com melhora progressiva dos sintomas em 10 dias. Em alguns poucos pacientes podem ocorrer hemorragias discretas na boca, na urina ou no nariz. Raramente há complicações.
O que é Dengue Hemorrágico?
Dengue hemorrágico é uma forma grave de dengue. No início os sintomas são iguais ao dengue clássico, mas após o 5º dia da doença alguns pacientes começam a apresentar sangramento e choque. Os sangramentos ocorrem em vários órgãos. Este tipo de dengue pode levar a pessoa à morte. Dengue hemorrágico necessita sempre de avaliação médica de modo que uma unidade de saúde deve sempre ser procurada pelo paciente.
O que é Dengue Tipo 4?
O avanço do vírus tipo 4 da dengue pelo Brasil é uma ameaça à saúde pública. Não pelo vírus em si, que não é mais nem menos perigoso que os tipos 1, 2 e 3, mas pela entrada em ação de mais uma variação do microorganismo.
Existem quatro tipos do vírus da dengue: O DEN-1, o DEN-2, o DEN-3 e o DEN-4. “Causam os mesmos sintomas. A diferença é que, cada vez que você pega um tipo do vírus, não pode mais ser infectado por ele. Ou seja, na vida, a pessoa só pode ter dengue quatro vezes”, explica o consultor de dengue da Organização Mundial da Saúde (OMS), Ivo Castelo Branco.
“Em termos de classificação, estamos falando do mesmo tipo de vírus, com quatro variações”, explica Marcelo Litvoc, infectologista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. “Do ponto de vista clínico, são absolutamente iguais, vão gerar o mesmo quadro”, esclarece o médico.
A explicação do problema provocado pelo vírus 4 está no sistema imunológico do corpo humano. Quem já teve dengue causada por um tipo do vírus não registra um novo episódio da doença com o mesmo tipo. Ou seja, quem já teve dengue devido ao tipo 1 só pode ter novamente se ela for causada pelos tipos 2, 3 ou 4.
“Quanto mais vírus existirem, maior a probabilidade de haver uma infecção”, resume Caio Rosenthal, infectologista e consultor do programa Bem Estar, da TV Globo. Se houvesse só um tipo de vírus, ninguém poderia ter dengue duas vezes na vida.
A possibilidade da reincidência da doença é preocupante. Caso ocorra um segundo episódio da dengue, os sintomas se manifestam com mais severidade. “Existe certa sensibilização do sistema imunológico e ele dá uma resposta exacerbada”, afirma Litvoc.
Esta reação exagerada do sistema imunológico é um problema. Pode causar inflamações e, por isso, aumenta o risco de lesões nos vasos sanguíneos, o que levaria à dengue hemorrágica. Um terceiro episódio poderia ser ainda mais grave, e um quarto seria mais perigoso que o terceiro.
Qual a causa?A infecção pelo vírus, transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, uma espécie hematófaga originária da África que chegou ao continente americano na época da colonização. Não há transmissão pelo contato de um doente ou suas secreções com uma pessoa sadia, nem fontes de água ou alimento.

Como tratar?Não existe tratamento específico para dengue, apenas tratamentos que aliviam os sintomas. 
Deve-se ingerir muito líquido como água, sucos, chás, soros caseiros, etc. Os sintomas podem ser tratados com dipirona ou paracetamol. Não devem ser usados medicamentos à base de ácido acetil salicílico e antiinflamatórios, como aspirina e AAS, pois podem aumentar o risco de hemorragias.
Tratamento

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

A extinção do etanol



A extinção do etanolhttp://super.abril.com.br/blogs/crash/


A frota de carros subiu 20% nos últimos três anos. São 12 milhões a mais. Quase todos com motor flex. Nisso, o consumo de gasolina cresceu 50%. E o de álcool caiu 52% – de 23 bilhões de litros para 11 bilhões. Ridículo.

E a corrida ladeira abaixo continua firme: 2012 deve fechar abaixo dos 9 bilhões de litros. Desse jeito, produzir álcool no Brasil virou um mico. O lucro dos usineiros foi para o espaço. E a produção, naturalmente, despencou. Tanto que já tivemos de importar bilhões de litros de etanol de milho dos EUA (para suprir os 20% de álcool obrigatórios na composição da gasolina).
Para um país que até outro dia se dizia a “Arábia Saudita do etanol”, é uma situação 


constrangedora ter de importar álcool de tortilla dos americanos.
Culpa do governo. Dilma e Mantega seguram há tempos o preço da gasolina para conter a inflação. Nisso ficou mais barato usar gasolina do que álcool. Com a diminuição no consumo de etanol, os usineiros agora preferem usar a cana deles para fazer açúcar. E não investem mais em aumento de produção. Lógico.
E pior: nossas refinarias não deram conta dessa demanda por gasolina. E entramos numa situação patética: sete anos depois de o governo declarar nossa autosufiência em petróleo, precisamos importar combustível a rodo. Hoje são mais de 3 bilhões de litros de gasolina por ano, contra 500 milhões em 2010. De cada 100 litros de derivados de petróleo que consumimos, 15 vêm do exterior.
Quem paga o pato aí é a Petrobras. Como Dilma não é a “presidenta” do planeta, não apita nos preços lá de fora. E a gasolina e o diesel estão mais caros no mercado internacional do que aqui. Para manter os preços inalterados nas bombas, a Petrobras é obrigada a comprar gasolina (e diesel) a R$ 4 para vender por R$ 3. Aí não tem quem aguente. O prejuízo com as importações de gasolina foi de R$ 5 bilhões nos últimos dois anos.
Tudo isso num país que há 10 anos estava perto de tornar a gasolina obsoleta, de ter uma frota 100% movida a álcool.
Com o diesel, o rombo foi maior ainda: R$ 17 bilhões – aí o buraco é mais embaixo: não dá para substituir diesel por álcool. Mas esse vazamento de dinheiro, por si só, também afeta o etanol. A própria Petrobras cortou investimentos na área, para aliviar o caixa. Um dos projetos de que a empresa abriu mão, por exemplo, foi o de um etanolduto de mais de mil quilômetros ligando regiões produtoras em vários Estados – o que diminuiria drasticamente os custos de transporte do álcool.
Assim fica difícil. E agora? O primeiro passo é liberar totalmente o preço da gasolina. Seria indigesto num primeiro momento, mas a indústria do álcool ganharia força, já que uma gasolina mais cara aumentaria a demanda por biocombustível. Sem falar que é importante a Petrobras se livrar de pelo menos parte das perdas. Porque se ela não der conta de continuar importando tanto para vender com prejuízo e, para completar, a produção de etanol definhar de vez, uma hora pode até faltar combustível nos postos. Aí o nosso crescimento econômico, que já está essa beleza toda, acabaria pior ainda: em risco de extinção.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Ciclovia suspensa oferece mais segurança a quem pedala e produz energia limpa


Ciclovia suspensa oferece mais segurança a quem pedala e produz energia limpa

Débora Spitzcovsky 29 de janeiro de 2013

fonte:http://super.abril.com.br/blogs/planeta/page/2/
Falta de sinalização, pistas inadequadas, asfalto esburacado, risco de atropelamento… Muitos são os fatores que fazem com que andar de bicicleta nas cidades seja um desafio diário para os ciclistas – principalmente se eles vivem em locais onde as magrelas ainda não são vistas como meio de transporte diário e não têm espaço no trânsito.
Para tentar oferecer mais segurança àqueles que pedalam no dia a dia, o arquiteto dominicanoRichard Castillo* projetou a Bicimetro Eco Bahn, uma ciclovia suspensa, que fica metros acima da rua, evitando que as bikes tenham que disputar espaço com outros veículos, como carros, motos e ônibus.
Outros profissionais, como o arquiteto inglês Sam Martin, já idealizaram ciclovias suspensas (lembra da SkyCicle?), mas o projeto de Castillo tem um diferencial: além de oferecer mais segurança aos ciclistas, produz energia limpa.
A ciclovia possui, em toda a sua extensão, turbinas eólicas e painéis fotovoltaicos, que garantem que a estrutura produza energia eólica e solar durante todo o dia, enquanto as pessoas pedalam de um lado a outro da cidade.
Por enquanto, o projeto é, apenas, um protótipo, mas é inevitável imaginar como seriam as cidades com ciclovias suspensas. Você aprovaria?
Assista ao vídeo da iniciativa, abaixo.
Foto: Divulgação/Richard Castillo