sexta-feira, 25 de outubro de 2013

A diferença entre Biodegradáveis ​​e Compostáveis


Compostagem e Biodegradação
Graças a consciência “verdadeiramente” ecológica de muitas empresas, muitos materiais que compõe as embalagens e mesmo os objetos estão se tornando biodegradáveis e compostáveis. É claro que aqui no Brasil, devido as nossas leis antigas e impostos altos, isso não acontece. Mas em países civilizados as coisas são diferentes, tando os governos quanto a população tem como objetivo a redução do lixo e  redução da pegada de carbono, fazendo com que as empresas mudem seu posicionamento, revejam seus conceitos, diminuindo os resíduos, fazendo embalagens menores, recicláveis, biodegradáveis e até compostáveis. Atualmente nos EUA a tendência são os compostáveis como as embalagens e objetos que podem ser colocados diretamente em composteiras, isso vem com a idéia de ter uma horta em casa, mesmo que seja as micro, mini e  tem também as composteiras públicas que já estão disponíveis em alguns municípios americanos.

Qual a diferença entre biodegradável ​​e compostável

Apesar dos nomes serem bem diferentes, eles tem praticamente funções iguais,  mas isso não quer dizer que um produto  biodegradável seja bom para a natureza ou que um produto compostável é apenas feito para ser colocado em um compostor (sistema de compostagem). Veja abaixo a diferença entre biodegradáveis ​​e compostáveis.

O que é Biodegradável

Biodegradável é simplesmente tudo o que é natural o suficiente para se degradar, desfazer, apodrecer, de maneira fácil e natural, e se tornar parte da terra novamente, sem causar problemas ou deixar qualquer resíduo. O biodegradável  é capaz de ser decomposto por agentes biológicos, especialmente bactérias.

A Biodegradação e Biodegradabilidade

Biodegradação pode acontecer durante um período de dias ou milhares de anos, isso é que faz a diferença entre o que é “bom” ou “ruim” para o ambiente. O mais natural é o item mais rápido ele vai biodegradar rapidamente e desaparecer.  Um exemplo é a casca de banana, ela nunca irá se biodegradar em um aterro sanitário, mas em 2 semanas irá desaparecer  em uma compostagem de quintal , uma questão de dias em um compostor industrial e de algumas semanas se jogada no mar.
Já as sacolas descartáveis de plástico nunca irão se biodegradar em um aterro sanitário, levariam um tempo desconhecido  em uma compostagem caseira ou  industrial. Mas no mar, como sabemos o plástico é de muito difícil decomposição, tanto assim, que  ele passa pelo processo de fotodegradação, quer dizer que ele quebra em pedaços menores e se transforma em uma ilha de lixo que vai durar centenas de anos.

O que é  Compostável

Produtos compostáveis ​​são como os produtos biodegradáveis, mas muito  melhores para a natureza,os produtos compostáveis  são  ricos em nutrientes que são liberados no solo, tornando os produtos compostáveis  melhores para o meio ambiente. O tempo de desagregação de um produto compostável  pode variar de um mês a seis meses, gerando um material estável e rico em nutrientes minerais para a terra.
Estes produtos devem ser capazes de se tornar um composto utilizável  em um  sistema de compostagem adequado ou composteira, ou em uma pilha de composto. Este composto pode então ser utilizado para jardinagem e hortas, sem o problema de contaminação por produtos químicos, pesticidas ou metais pesados.

fonte: http://www.vidasustentavel.net/meio-ambiente/diferenca-biodegradaveis-%E2%80%8B%E2%80%8Be-compostaveis/  tags# desentupidora bh,desentupidora em bh,desentupidora em betim,limpa fossa
http://www.desentupidoraembh.ind.br

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Livro traz testemunhos de genocídio no maior hospício do Brasil

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Não, esta não é a foto de um campo de concentração nazista – mas chega perto. É um hospício em Barbacena, Minas Gerais, onde morreram mais de 60 mil pessoas. (Foto: Luiz Alfredo/O Cruzeiro)
O conto “Sorôco, sua mãe, sua filha”, um dos mais tristes e bonitos do livro “Primeiras Estórias” (1962), de Guimarães Rosa, fala de um trem com grades na janela que “ia servir para levar duas mulheres, para longe, para sempre”: a mãe e a filha, ambas com problemas mentais, de um homem viúvo chamado Sorôco.
 “A hora era de muito sol – o povo caçava jeito de ficarem debaixo da sombra das árvores de cedro. O carro lembrava um canoão no seco, navio. A gente olhava: nas reluzências do ar, parecia que ele estava torto, que nas pontas se empinava. O borco bojudo do telhadilho dele alumiava em preto. Parecia coisa de invento de muita distância, sem piedade nenhuma, e que a gente não pudesse imaginar direito nem se acostumar de ver, e não sendo de ninguém. Para onde ia, no levar as mulheres, era para um lugar chamado Barbacena, longe. Para o pobre, os lugares são mais longe.”(“Sorôco, sua mãe, sua filha”, do livro “Primeiras Estórias”de Guimarães Rosa)
A despedida entre o homem e as duas únicas pessoas que ele tinha na vida, e que nunca mais veria novamente, comove a todos os que estavam acompanhando a cena. Aquele “trem de doido” existia de verdade: ele cruzava o interior do país levando pessoas consideradas doentes mentais para um hospício conhecido como Colônia, em Barbacena (Minas Gerais), o maior do Brasil – e o cenário de um terrível genocídio que durou décadas. Mais de 60 mil pessoas morreram ali.
A jornalista Daniela Arbex resgatou a história para o jornal “Tribuna de Minas” em 2011 e, pouco depois, foi mais fundo e escreveu o livro “Holocausto Brasileiro” (Geração Editorial), que traz o testemunho de ex-funcionários do Colônia e de pessoas que passaram décadas internadas ali e hoje vivem em residências terapêuticas na região.
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Fotos:  Luiz Alfredo/O Cruzeiro
A instituição foi criada pelo governo estadual em 1903 e começou a ficar superlotada a partir de 1930. Em 1960, havia 5 mil pessoas vivendo onde cabiam 200. Chegando lá, elas eram forçadas não só a abrir mão de sua identidade, mas também de sua condição humana. Recebiam outro nome, eram obrigadas a se vestir com trapos (e muitas vezes tinham de andar nuas mesmo durante os invernos frios da região), dormiam em camas de capim em meio à completa imundície, bebiam água do esgoto, passavam fome (e, quando comiam, eram refeições que talvez nem animais encarassem), apanhavam, levavam choques elétricos sem qualquer prescrição médica (e sem qualquer cuidado no procedimento, o que provocou a morte de muita gente) e alguns sofriam lobotomia, para ficar numa descrição sucinta.
Daquelas pessoas, 70% não tinham nenhuma doença mental – na verdade, até o fim dos anos 50, nem médico havia naquele hospício. Muitos foram parar ali simplesmente por terem sido pegos sem documento, ou por serem alcoólatras, pobres, homossexuais ou militantes políticos. Havia também adolescentes que tinham engravidado e foram rejeitadas pela família. Uma mulher passou décadas internada porque andava “muito triste”. Basicamente, era um lugar para “livrar” a sociedade de quem quer que fosse indesejado.
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Foto:  Luiz Alfredo/O Cruzeiro
E quem entrava não saía mais. Com as péssimas condições do lugar, houve uma época em que pelo menos 16 pessoas morriam diariamente ali. Os corpos eram vendidos ilegalmente para universidades: mais de 1850 foram vendidos para 17 faculdades de medicina do país entre 1969 e 1980. Só a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) comprou 543. Quando não havia comprador, os corpos eram decompostos em ácido no pátio do hospício, diante dos outros internos.
Algumas pessoas tentaram denunciar o que estava acontecendo ali, mas sem sucesso. As autoridades eram omissas e a comunidade médica reprimia os profissionais que tentavam fazer alguma coisa. Nos anos 60, a revista “O Cruzeiro” fez uma matéria com fotos (tiradas pelo fotógrafo Luiz Alfredo – algumas das quais estão reproduzidas aqui) denunciando as condições do lugar e chocou o país – mas o tema logo caiu no esquecimento. Só quase 20 anos depois é que outros veículos passaram a se manifestar novamente, atraindo a atenção de nomes importantes da psiquiatria e dando força à reforma psiquiátrica no país, que visava acabar com a lógica das internações de longa permanência. A ideia era dar um tratamento mais digno aos pacientes com transtornos mentais, garantindo cuidados que permitissem a eles se integrar à sociedade em vez de promover o isolamento em hospitais psiquiátricos. Graças a essa reforma, o Colônia mudou e está para ser desativado, bem como outros manicômios. O livro de Daniela Arbex também fala sobre essa luta.
fonte:http://super.abril.com.br/blogs/como-pessoas-funcionam/ tags# desentupidora em bh, desentupidora em minas,desentupidora em contagem